sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela

A HUMANIDADE PERDEU UM SER COM SENSO DE ALTRUÍSMO MUITO PROFUNDO.
QUEM ODEIA PELA COR OU PELA RELIGIÃO DEVIA APRENDER COM ESTE SER
MARAVILHOSO QUE NOS DEIXOU. (R.I.P.)

domingo, 24 de novembro de 2013

Branquinho Da Fonseca


                       Branquinho da Fonseca


Não posso amar quanto quero,                                            Dia a dia vou morrendo,
Meus olhos para que sois.                                                   O que vou sendo e lutando.
Se o coração é só um,                                                          Mas logo vou renascendo,
Os olhos porque são dois.                                                    E vou morrendo e andando.

Disse-te adeus e choraram,                                                  O tempo já me não foge,
Os meus olhos e os teus.                                                      Mas sim comigo vem ter.
Disse a palavra mais triste.                                                  Já vivi o tempo de hoje,
Feita do nome de Deus.                                                       Antes de ele me viver.

Se partir não me despeço,                                                    Minha boca há-de cantar,
De quem amo e quero bem.                                                 Enquanto nela houver fala.
Não quero nem brincar.                                                       Se não é do teu agrado,
 Dizer adeus a ninguém.                                                      Vem com a tua fecha-la

Que o tempo não se regressa,
Nada que foi torna a ser.
Que nada nos recomeça,
Nada vem como se quer.









sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Negro em Versos (+lista de reprodução)


Júlio Saraiva


BREVE RAIO X DO POETA




o poeta não é samba    
o poeta não é o fado
o poeta não é a zoeira
o poeta não é o enfado
o poeta não é a verdade
mentira também não é
o poeta é foda
o poeta é fato
pé de sapato esquecido
resto de dicionário
palavra fora de uso
o poeta não faz seu destino
tanto fala pela boca
como pelos intestinos
o poeta não fará a revolução
o poeta é um filho da puta
o poeta é um serviçal
o poeta é um vagabundo
que rima raimundo com mundo
mas não traz a solução
o poeta é uma sentinela
guardião de almas penadas
o poeta é um porralouca
o poeta não é porra nenhuma
o poeta é um sacripanta
violador de meninas
tocador de violoncelo
numa sexta-feira de chumbo
o poeta é a puta que me pariu
por detrás dos muros da morte
o poeta não é bravo nem forte
e nem um mar de velas pandas
o poeta não é bandeira
pessoa também não é
é só um sujeitinho à toa
que cai no meio da rua
o poeta é um viado
pecado capital da palavra
é um animal sem sorriso
o poeta é o funcionário público
de gravata suja e surrada
dizendo pois-não-obrigado

o poeta subverte a ordem
atenta contra os bons costumes
o poeta cospe no chão
o poeta caga na rússia
e declara amor ao japão
o poeta adivinha a lua
o poeta vai ao comício
o poeta foge do hospício
o poeta morre de enfarto
aos pés da primeira mulher
sem que o jornal noticie
o poeta...
de uma vez por todas
sejamos sinceros
: o poeta ontem ia bem - obrigado
hoje não mais

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JÚLIO SARAIVA 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

VERDADE (OSHO)

Evocação de Osho - sobre a VERDADE -

A verdade não é democrática. O que é verdade não é decidido por meio de uma votação; caso contrário, nunca poderíamos chegar a qualquer verdade. As pessoas votam no que é fácil – e as mentiras são fáceis porque não é preciso fazer nada acerca delas, basta acreditar.
A verdade requer um grande esforço, descoberta, risco, e precisa que você caminhe sozinho numa via que ninguém percorreu anteriormente

sábado, 2 de novembro de 2013

CORPO INERTE









CORPO INERTE



Sobre um lençol de areia seca numa praia deserta,

 
Eu vi um prolongamento de um vulto em que incidia uns raios solares,

Sobre ele espelhava uma silhueta negra com contornos difusos,

Ao aproximar-me lentamente com o intuito de não perturbar,

Algo que me deixava perplexo e angustiado. ...

Aproximei-me e deparei-me com um corpo inerte de uma jovem,

As dúvidas começaram a brotar no meu subconsciente.

Aparentava uns 15 anos.

Como é que ali foi parar? de quem se trata?

Saberei algum dia o passado dessa jovem?

E com esta angústia retirei-me mas...

Esta perturbação tomou conta de mim!!!!





António Nogueira (02-11-2013)





quarta-feira, 26 de junho de 2013

MEU ANIVERSÁRIO (13-06-2013)

NO DIA DO MEU ANIVERSÁRIO (13-06-2013)


Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa)
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

R.I.P. AMIGO DO CORAÇÃO


 

JOAQUIM AMADO (29-06-1941--- 12-06-2013)

 

 

 



 

 

Oração ao Amigo do Coração Joaquim Amado...

 

Senhor, fazei-me instrumento da Vossa Paz!

Onde houver ódio, que eu leve Amor.

Onde houver ofensa, que eu leve o Perdão

Onde houver discórdia, que eu leve União.

Onde houver dúvida, que eu leve a Fé.

Onde houver erro, que eu leve a Verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a Esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve Alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a Luz.

 

 S.Francisco de Assis

 

 R.I.P.   MEU BOM AMIGO...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MÃE

 
MINHA MÃE
 
 
 

 
ALCINA JESUS DAS DORES (N. 03-12-1922 - F. 21-01-2012)

 
 
 
MÃE NUNCA TE VOU ESQUECER:
FOSTE QUEM ME DEU AS PRIMEIRAS SEMENTES DO BEM.
ENTENDIAS O QUE OS MEUS SILÊNCIOS QUERIAM DIZER,
SÓ LHES DÁ REAL VALOR QUEM MÃE JÁ NÃO TEM.
 
 
A.J.N.